Leinster House

Neste artigo, exploraremos o tópico Leinster House em detalhes. Ao longo da história, Leinster House desempenhou um papel crucial em vários contextos e situações. Desde suas origens até sua relevância hoje, Leinster House tem sido objeto de estudo e debate por especialistas da área. Através deste artigo, iremos mergulhar no fascinante mundo de Leinster House, explorando as suas diferentes facetas e descobrindo o seu impacto em vários aspectos da sociedade. Iremos nos aprofundar em sua importância histórica, suas implicações contemporâneas e perspectivas futuras relacionadas a Leinster House.

Fachada de Leinster House, a antiga residência do Duque de Leinster

Leinster House (em irlandês: Teach Laighean) é um palácio da Irlanda. Foi a antiga residência ducal em Dublin do Duque de Leinster, a qual serviu como Parlamento do Estado Livre Irlandês entre 1922 e 1937, e da República da Irlanda de 1937 à actualidade. Serviu de quartel-general à Royal Dublin Society (Sociedade Real de Dublin) até 1922. Os famosos Espectáculo de Primavera de Dublin e Espectáculo de Cavalos de Dublin eram levados a cabo no Relvado de Leinster, de frente para a Merrion Square.

O edifício é o ponto de encontro do Dáil Éireann e do Seanad Éireann, as duas câmaras do Oireachtas, o Parlamento da Irlanda. Por esse motivo o termo "Leinster House" tornou-se numa metonímia para as actividades políticas irlandesas.

História

Ao longo dos séculos, o Parlamento da Irlanda reuniu-se em vários locais, sendo o mais notável o College Green, próximo do Trinity College de Dublin. O seu parlamento medieval consistia em duas Casas, a Casa dos Lordes e a Casa dos Comuns. O principal nobre da Irlanda, o Conde de Kildare, tinha o lugar na Câmara dos Lordes. Tal como todos os aristocratas desta época, durante o período que duravam a Época Social e as sessões parlamentares, ele e a sua família residiam em aparato numa residência de Dublin. Durante o resto do ano usavam várias residências que possuíam na província, nomeadamente Frescati House, em Blackrock.

A partir do final do século XVIII, Leinster House, então chamado de Kildare House, foi a residência oficial em Dublin do Conde de Kildare. Quando o edifício foi construído, entre 1745 e 1748, estava localizado no fora de moda e isolado lado sul da cidade, longe da localização das principais residências aristocráticas, que se situavam principalmente na Rutland Square (actual Parnell Square) e na Mountjoy Square. O Conde previu que outros o seguiriam; nos anos seguintes a Merrion Square e a Fitzwilliam Square tornaram-se nos principais locais de residência da aristocracia, os quais venderam muitos dos seus palácios do lado norte de Dublin. Na história das residências nobres em Dublin, nenhum outro palácio ultrapassou Kildare House em tamanho ou estatuto. Quando o Conde foi feito primeiro Duque de Leinster, a residência da família em Dublin foi rebaptizada de Leinster House. Os seus primeiro e segundo andares foram usados como modelo para a Casa Branca pelo seu arquitecto irlandês, enquanto o próprio palácio foi usado como modelo para o exterior original da Casa Branca, em pedra talhada.

Leinster House em 1911, decorado para a visita do Rei Jorge V

Um famoso membro da família que residiu ocasionalmente em Leinster House foi Lord Edward FitzGerald, o qual se viu envolvido com o nacionalismo irlandês durante a Rebelião Irlandesa de 1798, envolvimento esse que lhe custaria a vida. Com a passagem do Acto de União de 1800, a Irlanda deixou de ter o seu próprio Parlamento. Deixando se ter a necessidade de comparecer na Casa dos Lordes, um número crescente de aristocratas deixaram de ir para Dublin, vendendo as suas residências na cidade, em muitos casos para comprar residências em Londres, onde se reunia o novo Parlamento unido. O Duque de Leinster vendeu Leinster House à Royal Dublin Society. No final do século XIX foram adicionadas duas novas alas, a casa da Biblioteca Nacional da Irlanda e a casa do Museu Nacional da Irlanda. Parte deste esquema tinha a intenção de revestir o edifício com a mais atraente pedra de Portland e ampliar o pórtico em direcção ao exterior (em vez de estar unido à fachada). Infelizmente este projecto não foi empreendido.

O Tratado Anglo-Irlandês de 1921 providenciou a criação de um domínio irlandês auto-governado, o qual seria chamado de Estado Livre Irlandês. Enquanto os planos procuravam dar vida ao novo Estado, o Governo Provisório, sob a liderança de W.T. Cosgrave, procurou um recinto temporário para as reuniões da Nova Câmara dos Deputados, o Dáil Éireann, e do Senado, o Seanad Éireann. Foram feitos planos para converter o Royal Hospital Kilmainham, um extenso quartel do século XVIII inserido em amplos espaços verdes, numa Casa do Parlamento a tempo inteiro. No entanto, como este ainda estava sob o controle do Exército Britânico, o qual ainda tinha que desocupar o edifício, e uma vez que o novo Governador-Geral do Estado Livre da Irlanda tinha que pronunciar o discurso a partir do Trono de abertura do Parlamento dentro de semanas, foi decidido arrendar o principal Teatro de Leitura do RDS, contíguo a Leinster House, para ser usado no dia 22 de Dezembro de 1922 como Câmara temporária do Dáil.

Em 1924, devido a restrições financeiras, os planos para converter o Royal Hospital numa Casa do Parlamento foram abandonados; em vez disso, Leinster House foi comprado, ficando adiada a provisão de uma casa parlamentar própria para algum momento no futuro. Uma nova Câmara do Senado, ou Seanad (pronunciado 'shan-od') foi criada no salão de baile do Duque, emquanto alas do vizinho Royal College of Science foram tomadas e usadas como Edifícios Governamentais. Todo o Real Colégio de Ciência, que então havia sido fundido com a University College de Dublin, foi posteriormente tomado em 1990 e tornado num Edifício Governamental de ponta. Tanto a ala da Biblioteca Nacional como a do Museu Nacional próximas de Leinster House permanecem com as suas funções originais, não se encontrando unidas ao complexo parlamentar. Embora se tenham feito, frequentemente, planos para construir um novo edifício parlamentar (os locais considerados incluíam o Phoenix Park e a Casa da Alfândega), oparlamento tem permanecido permanentemente instalado em Leinster House.

Desde que assumiu as suas funções parlamentares têm sido feitas várias ampliações, a mais recente das quais ocorreu em 2000, de forma a proporcionar espaço para gabinetes adequados a 166 deputados, 60 senadores, membros da imprensa e outro pessoal.

Entre os líderes mundiais que visitaram Leinster House para dirigir as sessões conjuntas do Oireachtas encontram-se John F. Kennedy, Ronald Reagan e Bill Clinton, Presidentes dos E.U.A., Tony Blair, Primeiro-Ministro do Reino Unido, Bob Hawke, Primeiro-Ministro da Austrália, e François Mitterrand, Presidente da França.

Em volta de Leinster House erguem-se, ou ergueram-se vários monumentos. A sua fachada para a Kildare Street esteve dominada por uma grande estátua da Rainha Vitória, desvelada pelo Rei Eduardo VII em 1904. A estátua foi removida em 1947 e re-erguida na década de 1990 em Sydney, na Austrália. De frente para o seu jardim, no lado da Merrion Square, ergue-se um grande monumento triangular comemorando três figuras com papéis preponderantes na fundação da independência irlandesa, o residente do Dáil Éireann Arthur Griffith, falecido em 1922, Michael Collins e Kevin O'Higgins, o Presidente do Governo Provisório e o Vice-Presidente do Conselho Executivo (antigo Primeiro-Ministro), tendo sido ambos assassinados, em 1922 e 1927 respectivamente. Um outra estátua homenageia o Príncipe Consorte, Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, marido da Rainha Vitória, o qual teve a sua principal Exibição Irlandesa no Relvado de Leinster na década de 1850.

O relvado nas traseiras de Leinster House foi escavado em 2000 para providenciar um parque de estacionamento temporário para deputados, senadores e outro pessoal, o qual, no entanto, se tornou permanente.

Ver também

Referências

  1. «White House History - James Hoban, Architect of the White House». Consultado em 4 de maio de 2014. Arquivado do original em 4 de maio de 2014 
  2. Nevin, Seamus (2012). «History Repeating: Georgian Ireland's Property Bubble». History Ireland. 20 (1). pp. 22–24 

Ligações externas