No mundo atual, Esquerda Republicana da Catalunha, seja como tema de debate, como personagem relevante ou como data emblemática, tem adquirido significativa importância em diversas áreas. Seja na política, na cultura, na ciência ou na vida quotidiana, Esquerda Republicana da Catalunha posicionou-se como um elemento-chave que dá o tom às nossas ações e decisões. Neste artigo analisaremos o impacto e a relevância de Esquerda Republicana da Catalunha em diferentes contextos, bem como a sua influência na nossa sociedade. Desde o seu aparecimento, Esquerda Republicana da Catalunha despertou notável interesse e a sua presença continua a gerar debate e reflexão até hoje.
Esquerra Republicana de Catalunha Esquerra Republicana de Catalunya
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---|---|
Presidente | Oriol Junqueras |
Secretário | Marta Rovira |
Fundação | 1931 |
Sede | Barcelona, Catalunha, Espanha |
Ideologia | Nacionalismo catalão Independentismo catalão Republicanismo Socialismo democrático Social-democracia |
Espectro político | Centro-esquerda a Esquerda |
Afiliação europeia | Aliança Livre Europeia |
Grupo no Parlamento Europeu | Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia |
Congresso dos Deputados (lugares da Catalunha) | 13 / 47 |
Senado (lugares da Catalunha) | 12 / 23 |
Parlamento Europeu | 2 / 54 |
Parlamento da Catalunha | 31 / 135 |
Governo Local (Catalunha) | 3 107 / 9 077 |
Cores | Laranja e Vermelho |
www.esquerra.cat | |
Esquerda Republicana da Catalunha (em catalão: Esquerra Republicana de Catalunya, ERC) é um partido político fundado em Barcelona (Catalunha, Espanha) em 1931 e atualmente também com presença, minoritária, na Comunidade Valenciana (como Esquerda Republicana do País Valenciano) e ilhas Baleares e no Rossilhão. De ideologia independentista catalã e social-democrata, embora originalmente federalista, apoia a independência da República Catalã e dos territórios de língua catalã, os Países Catalães.
Esquerra, partido de relevantes políticos catalães como Francesc Macià, Lluís Companys ou Josep Tarradellas, desenvolveu um papel de destaque na política catalã e espanhola durante a Segunda República, durante a luta anti-franquista e a Transição espanhola à democracia.
Esquerra conta atualmente com cerca de 10 000 militantes. O presidente do partido é Oriol Junqueras e a secretária general Marta Rovira.
Na década de 1930, a atmosfera social em Barcelona lidava com os novos movimentos sociais emergentes, como o feminismo, o sindicalismo e o independentismo, bem como com a desconfiança em relação aos políticos atuais.
A Primeira Guerra Mundial modificou as fronteiras da Europa e, sobretudo, abriu feridas que, apesar do fim do conflito, permaneceram abertas e adormecidas. O fim da guerra foi decidido pelas potências aliadas na Conferência de Paz de Paris de 1919 com o Tratado de Versalhes, que marcaria os anos seguintes.
O fim da guerra trouxe consigo um período de instabilidade política, em que as democracias liberais entraram em crise e a ascensão do fascismo começou em países como Itália, Alemanha e Espanha com a ditadura de Primo de Rivera. E, ao mesmo tempo, há um boom de movimentos operários de inspiração socialista ou comunista bebendo do triunfo bolchevique da Revolução Russa de 1917.
O pós-guerra também ficou marcado pelos Loucos Anos 20, em alguns países da Europa, mas sentido sobretudo nos Estados Unidos. A indústria americana aproveita a oportunidade para exportar tudo o que os europeus ainda não podem fabricar. No entanto, os EUA continuam a produzir mesmo quando os países europeus já começam a consumir produtos próprios, o que se traduz num excesso de produção. O crash da bolsa afeta drasticamente a economia e entra-se no que é considerado a pior crise econômica da história, causando suicídios e arruinando famílias e empresas em todo o país.
Neste contexto turbulento, há um acontecimento que gera um certo impacto na Catalunha: a independência da República da Irlanda, conseguida após uma guerra liderada pelo Exército Republicano Irlandês (IRA) e pela polícia irlandesa e voluntários britânicos. Alguns anos antes, havia sido fundado o Sinn Féin, que também exerceu forte influência na Catalunha, especificamente em Francesc Macià e na fundação do Estat Català.
Todos estes fatores globais juntaram-se ao que era vivido pela sociedade espanhola e, em particular, a sociedade catalã. A Semana Trágica Espanhola foi uma série de distúrbios e confrontos que ocorreram em julho de 1909, principalmente em Barcelona, devido ao recrutamento forçado de soldados para a Guerra de Marrocos e outras tensões sociais e políticas. Os distúrbios resultaram em confrontos violentos entre manifestantes e as forças do governo, deixando um número significativo de mortos e feridos.
Em maio de 1930, o semanário L'Opinió, dirigido por Joan Lluhí i Vallescà, publicou o Manifest d’Intelligència Republicana, assinado, entre outros, por Lluís Companys, Antoni Rovira i Virgili, Jaume Aiguader, Martí Barrera e Joan Casanovas. É o primeiro início de uma campanha para que a esquerda e o republicanismo se unam e façam uma frente conjunta nas eleições municipais de 1931, criando uma poderosa alternativa à Lliga e tentando transformá-las em paus mandados da coroa, em um momento de decomposição do sistema monárquico do Estado espanhol. Este manifesto apela explicitamente à "instauração da República Democrática".
O primeiro congresso da Esquerra Republicana de Catalunya ocorreu em 1931 no Barri de Sants, um bairro operário de Barcelona. A ERC se apresentou como a verdadeira força anti-monárquica, procurando harmonizar a ideia de Catalunha com a luta contra as injustiças sociais. Com foco em uma estratégia eleitoral, a ERC tentou aproveitar as tradições revolucionárias locais, se definindo como um partido revolucionário comprometido em garantir segurança e dignidade para a classe trabalhadora.
Com a espetacular vitória nas eleições autárquicas de 1931, iniciou-se um período de forte movimento político: proclamou-se a República, restaurou-se o autogoverno, foi aprovado um Estatuto de Autonomia significativamente reduzido, a ERC tornou-se um partido de massas e as mulheres deram o salto para a política.
Após intensas negociações com o governo provisório da Segunda República Espanhola, a Generalitat da Catalunha foi recuperada e Francesc Macià tornou-se o primeiro presidente do governo provisório catalão. Dessa forma, foi restabelecida a instituição de autogoverno que havia sido dissolvida em 1714 com a perda da soberania nacional em decorrência do Decreto de Nueva Planta. A partir desse momento, a Esquerra Republicana vencerá todas as eleições que se realizarão no âmbito da Segunda República Espanhola. Nas eleições para o Parlamento de novembro de 1932, o partido, que estava em coalizão com a União Socialista da Catalunha, obteve uma vitória clara com 67 dos 85 assentos na câmara catalã. Francesc Macià é eleito presidente do novo governo, enquanto Lluís Companys é eleito presidente do Parlamento da Catalunha.
Data | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1977 | 6.º | 143 954 | 4,7 / 100,0 |
1 / 47 |
Oposição | ||
1979 | 5.º | 123 452 | 4,2 / 100,0 |
0,5 | 1 / 47 |
Oposição | |
1982 | 5.º | 138 118 | 4,0 / 100,0 |
0,2 | 1 / 47 |
Oposição | |
1986 | 6.º | 84 628 | 2,7 / 100,0 |
1,3 | 0 / 47 |
1 | Extra-parlamentar |
1989 | 6.º | 84 756 | 2,7 / 100,0 |
0 / 46 |
Extra-parlamentar | ||
1993 | 5.º | 186 784 | 5,1 / 100,0 |
2,4 | 1 / 47 |
1 | Oposição |
1996 | 5.º | 162 545 | 4,2 / 100,0 |
0,9 | 1 / 46 |
Oposição | |
2000 | 4.º | 190 292 | 5,6 / 100,0 |
1,4 | 1 / 46 |
Oposição | |
2004 | 3.º | 638 902 | 15,9 / 100,0 |
10,3 | 8 / 47 |
7 | Apoio parlamentar |
2008 | 4.º | 291 532 | 7,8 / 100,0 |
8,1 | 3 / 47 |
5 | Oposição |
2011 | 5.º | 244 854 | 7,1 / 100,0 |
0,7 | 3 / 47 |
Oposição | |
2015 | 2.º | 601 782 | 16,0 / 100,0 |
8,9 | 9 / 47 |
6 | Oposição |
2016 | 2.º | 629 294 | 18,2 / 100,0 |
2,2 | 9 / 47 |
Oposição | |
04/2019 | 1.º | 1 015 355 | 24,6 / 100,0 |
6,4 | 15 / 48 |
6 | Oposição |
11/2019 | 1.º | 869 934 | 22,6 / 100,0 |
2,0 | 13 / 48 |
2 |
Data | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1980 | 5.º | 241 711 | 8,9 / 100,0 |
14 / 135 |
Apoio parlamentar | ||
1984 | 5.º | 126 971 | 4,4 / 100,0 |
4,5 | 5 / 135 |
9 | Governo |
1988 | 5.º | 111 647 | 4,1 / 100,0 |
0,3 | 6 / 135 |
1 | Oposição |
1992 | 3.º | 210 366 | 8,0 / 100,0 |
3,9 | 11 / 135 |
5 | Oposição |
1995 | 5.º | 305 867 | 9,4 / 100,0 |
1,4 | 13 / 135 |
2 | Oposição |
1999 | 4.º | 271 173 | 8,7 / 100,0 |
0,7 | 12 / 135 |
1 | Oposição |
2003 | 3.º | 544 324 | 16,4 / 100,0 |
7,7 | 23 / 135 |
11 | Governo |
2006 | 3.º | 416 355 | 14,0 / 100,0 |
2,4 | 21 / 135 |
2 | Governo |
2010 | 5.º | 219 173 | 7,0 / 100,0 |
7,0 | 10 / 135 |
11 | Oposição |
2012 | 3.º | 498 124 | 13,7 / 100,0 |
6,7 | 21 / 135 |
11 | Apoio parlamentar |
2015 | Juntos pelo Sim | 20 / 135 |
1 | Governo | |||
2017 | 3.º | 929 407 | 21,4 / 100,0 |
32 / 135 |
12 | Governo | |
2019 | 2.º | 603 607 | 21,3 / 100,0 |
0,1 | 33 / 135 |
1 |
Data | CI. | Votos | % | +/- | Mandatos | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|
1979 | 5.º | 103 547 | 3,9 / 100,0 |
210 / 8 223 |
||
1983 | 5.º | 84 984 | 2,9 / 100,0 |
1,0 | 155 / 8 199 |
55 |
1987 | 6.º | 74 700 | 2,5 / 100,0 |
0,4 | 185 / 8 186 |
30 |
1991 | 5.º | 91 995 | 3,4 / 100,0 |
0,9 | 228 / 8 328 |
43 |
1995 | 5.º | 203 053 | 6,3 / 100,0 |
2,9 | 526 / 8 426 |
298 |
1999 | 5.º | 224 955 | 7,7 / 100,0 |
1,4 | 676 / 8 497 |
150 |
2003 | 3.º | 414 549 | 12,8 / 100,0 |
5,1 | 1 278 / 8 690 |
602 |
2007 | 3.º | 334 923 | 11,7 / 100,0 |
1,1 | 1 580 / 8 932 |
302 |
2011 | 4.º | 257 705 | 9,0 / 100,0 |
2,7 | 1 377 / 9 132 |
203 |
2015 | 3.º | 510 137 | 16,4 / 100,0 |
7,4 | 2 384 / 9 077 |
1 007 |
2019 | 1.º | 821 031 | 23,5 / 100,0 |
7,1 | 3 107 / 9 077 |
723 |
Data | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Coligação |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1987 | 6.º | 112 107 | 3,7 / 100,0 |
1 / 60 |
A Esquerda dos Povos | ||
1989 | 6.º | 78 408 | 3,3 / 100,0 |
0,4 | 1 / 60 |
Pela Europa dos Povos | |
1994 | 5.º | 141 285 | 5,5 / 100,0 |
2,2 | 0 / 64 |
1 | Pela Europa dos Povos |
1999 | 4.º | 174 374 | 6,1 / 100,0 |
0,6 | 2 / 64 |
2 | Coligação Nacionalista - A Europa dos Povos |
2004 | 4.º | 249 757 | 11,8 / 100,0 |
5,7 | 1 / 54 |
1 | Europa dos Povos |
2009 | 4.º | 181 213 | 9,2 / 100,0 |
2,6 | 1 / 54 |
Europa dos Povos - Verdes | |
2014 | 1.º | 595 493 | 23,7 / 100,0 |
14,5 | 2 / 54 |
1 | |
2019 | 3.º | 733 401 | 21,2 / 100,0 |
2,5 | 2 / 54 |
Agora Repúblicas |