No mundo de hoje, Classificação de crédito é um tópico que chamou a atenção de muitos. Seja pela sua relevância na sociedade atual, pelo seu impacto na vida quotidiana ou pela sua influência no campo profissional, Classificação de crédito é um tema que continua a gerar interesse e debate. Durante anos, Classificação de crédito foi objeto de estudo, discussão e análise, e sua importância não parou de crescer ao longo do tempo. Neste artigo exploraremos os diferentes aspectos de Classificação de crédito, sua evolução ao longo dos anos e sua relevância hoje. Através de diversas abordagens e perspectivas, lançaremos luz sobre este tema que tanto tem causado debate.
Em investimento, classificação de crédito (também chamada de nota de risco, rating, classificação de risco, avaliação de risco, notação de risco ou notação financeira de risco) avalia o valor do crédito de emissões da dívida de uma empresa ou um governo. É análogo às notações de crédito para pessoas físicas.
Essa classificação é feita através de notas representadas sob letras e sinais aritméticos dadas a partir de uma avaliação concedida pelas principais agências de classificação de risco, como a Fitch Ratings, Moody's e Standard & Poor's, e avalia a possibilidade de esta entidade saldar suas dívidas.
AAA | AA | A | BBB | BB | B | CCC | CC/D |
As agências de notas de crédito, também conhecidas como agências de rating, classificam todos os países do mundo em dois grandes grupos: os que possuem grau especulativo e os que possuem grau de investimento.
Dentro de cada um desses dois grandes grupos, são atribuídas notas. Nas agências Fitch Ratings e Standard & Poor's, a nota mais baixa de todas é a D, que está situada, obviamente, na categoria de risco alto de inadimplência, juntamente, em ordem crescente,com as notas C, CC, CCC. Em seguida são atribuidas as notas em categoria de especulação, em ordem crescente, B-, B, B+, BB-, BB e BB+. Essas duas categorias formam o grupo especulativo. A nota mais baixa do grupo de investimento é a nota BBB-, considerada juntamente com BBB, BBB+ a qualidade média de investimento. Seguem-se, em ordem crescente, as notas de maior grau de investimento A-, A, A+, AA-, AA, AA+ e AAA.
Na Moody's, a nota mais baixa de todas é a C,considerada risco alto de inadimplência, seguida de Ca, Caa3, Caa2, Caa1. Imediatamente, segue o grau de especulação, em ordem crescente, B3, B2, B1, Ba3, Ba2, Ba1. E o grupo de maior qualidade e menor risco de investimento completa a escala, em ordem crescente, Baa3, Baa2, Baa1, A3, A2, A1,Aa3, Aa2, Aa1, Aaa. As três primeiras notas do grupo de investimento são consideradas categorias medianas de investimentos.
Moody's | S&P (Standard & Poor´s) | Fitch | ||||
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Longo prazo | Curto prazo | Longo prazo | Curto prazo | Longo prazo | Curto prazo | |
Aaa | P-1 | AAA | A-1+ | AAA | F1+ | Prime |
Aa1 | AA+ | AA+ | Grau elevado | |||
Aa2 | AA | AA | ||||
Aa3 | AA- | AA- | ||||
A1 | A+ | A-1 | A+ | F1 | Grau médio elevado | |
A2 | A | A | ||||
A3 | P-2 | A- | A-2 | A- | F2 | |
Baa1 | BBB+ | BBB+ | Grau médio baixo | |||
Baa2 | P-3 | BBB | A-3 | BBB | F3 | |
Baa3 | BBB- | BBB- | ||||
Ba1 | Not prime | BB+ | B | BB+ | B | Grau de não-investimento especulativo |
Ba2 | BB | BB | ||||
Ba3 | BB- | BB- | ||||
B1 | B+ | B+ | Altamente especulativo | |||
B2 | B | B | ||||
B3 | B- | B- | ||||
Caa1 | CCC+ | C | CCC | C | Risco substancial | |
Caa2 | CCC | Extremamente especulativo | ||||
Caa3 | CCC- | Em moratória com uma pequena expectativa de recuperação | ||||
Ca | CC | |||||
C | ||||||
C | D | / | DDD | / | Em moratória | |
/ | DD | |||||
/ | D |
O Brasil foi considerado grau de investimento no dia 30 de abril de 2008 pela agência de avaliação Standard & Poor's. O país estava situado na categoria de países com grau especulativo e sua nota era BB+. O anúncio fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) bater um recorde. O pregão do dia fechou com alta de 6,33%, número que não era visto desde outubro de 2002.
As outras agências de classificação de risco de crédito posteriormente seguiram a classificação. A agência Fitch anunciou o grau de investimento para o Brasil em 29 de maio de 2008 e a Moody's em setembro de 2009.
1997 | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | |
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Moody's | B1 | B2 | B2 | B1 | B1 | B2 | B2 | B1 | Ba3 | Ba3 |
S&P | BB- | BB- | B+ | B+ | BB- | B+ | B+ | BB- | BB- | BB |
FITCH | B+ | B+ | B | BB- | BB- | B | B+ | BB- | BB- | BB- |
Em 9 de setembro de 2015, devido à crise político-econômica de 2014 no país, considerando as dificuldades políticas do Brasil em implementar o ajuste fiscal e a previsão de déficit orçamentário feita pelo governo, a S&P rebaixou a nota do país para o nível "especulativo" (BB+). Horas antes, o vice-presidente de comunicação estratégica da Moody's havia declarado que sua agência, ao contrário da S&P, havia mantido o selo de bom pagador ao país. A Fitch também manteve a nota atribuída ao Brasil (BBB), embora tenha expressado preocupação quanto ao ritmo de crescimento do país. Em 2018, com o impedimento para votação da Reforma da Previdência e a desistência dessa agenda pelo governo, a agência Fitch anuncia o rebaixamento da nota para BB-.
Histórico do grau de investimento do Brasil
2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | |
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Moody's | - | B1 | Ba3 | Ba2 | Ba1 | Ba1 | Baa3 | Baa3 | Baa2 | Baa2 | Baa2 | Baa2 | Baa3 | Ba2 | Ba2 | |
S&P | - | BB- | BB- | BB | BB+ | BBB- | BBB- | BBB- | BBB | BBB | BBB | BBB- | BB+ | BB | BB | BB- |
FITCH | B+ | BB- | BB- | BB | BB+ | BBB- | BBB- | BBB | BBB | BBB | BBB | BBB | BB+ | BB | BB | BB- |